Câmara retira projeto da PPP da iluminação pública da pauta da sessão
Proposta prevê substituir 130 mil pontos de iluminação e vai gerar dois mil empregos
O líder de governo, Luiz Rossini (PV), pediu hoje a retirada do projeto que autoriza a contratação dos serviços de iluminação pública de Campinas por meio de PPP (Parceria Público-privada), que vai permitir a modernização, a expansão, a operação e a manutenção da rede de iluminação pública.
O projeto, que prevê a substituição de 130 mil pontos de iluminação por lâmpadas em leds e vai gerar 2 mil empregos, foi enviado para a Câmara no início do mês.
Oficialmente, a retirada do projeto foi feita porque faltavam os estudos de impacto financeiro. Porém, o pedido se deu porque não haveria votos suficientes devido à ausência de vereadores da base governista.
O contrato, por um período de 13 anos, terá um investimento será de R$ 205 milhões. O valor a ser pago pela prefeitura ainda não está definido. Vai ganhar quem oferecer o menor preço.
De acordo com a prefeitura, os objetivos da PPP são a modernização da rede de iluminação pública, com lâmpadas mais eficientes, luminosas, potentes e que usem menos energia; e expansão dos pontos de luz na cidade. Além de trazer mais economia, a substituição das lâmpadas irão trazer mais segurança porque os pontos iluminados irão aumentar na cidade. “A economia para a prefeitura será de 70% no custo de energia elétrica (dos prédios públicos e iluminação pública”, disse o prefeito de Campinas Jonas Donizette (PSB), quando da apresentação da proposta.
Segundo o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paullela, Campinas é a única cidade que não é capital que foi incluída neste programa de modernização.
O projeto custou R$ 3,9 milhões e 90% dele foi pago pela Caixa Econômica Federal. O restante foi pago pela Prefeitura de Campinas. A parceria inclui ainda o Banco Mundial. “O projeto agrega serviços das chamadas “Smart City” (cidades inteligentes) em que nos postes há tecnologia que conecta o motorista para por, exemplo, ligar o ar-condicionado de sua casa dentro do carro. A concessionária vai vender esse serviço e a prefeitura terá participação nisso”, disse o secretário.
O prefeito disse ainda que não haverá custos para a prefeitura e nem aumento da taxa pública para os consumidores.
A previsão é que o processo leve dois anos para ser implementado em Campinas.