Vereador de Paulínia é considerado foragido pela polícia
Tiguila Paes teve a prisão decretada ontem pela Justiça
O vereador Tiguila Paes (Cidadania), de Paulínia, é considerado foragido desde às 12h de ontem pela Polícia da cidade. O parlamentar teve a prisão preventiva decretada e deveria ter se apresentado à autoridade policial até este momento, Ele foi denunciado pelo Ministério Público sobre golpe em vendas de terrenos em Paulínia.
De acordo com o MP, o grupo simulou a venda de casas no Residencial Pazetti e em outros empreendimentos. As vítimas teriam sido atraídas pelo preço acessível e possibilidade de pagamento teriam sido enganadas e acabaram lesadas.
De acordo com a Promotoria, a participação de Tiguila e de funcionários públicos é que tornaram a negociação possível. Os fatos ocorreram entre os anos de 2014 e 2015.
O MP afirma ainda que os réus passaram a ocultar o patrimônio adquirido mediante a venda destes terrenos.
“Eles depositaram e movimentaram o dinheiro entregue pelas vítimas em suas contas bancárias e adquiriram bens. A dissimulação do patrimônio obtido de forma ilícita foi desvendada a partir da quebra do sigilo bancário e fiscal dos denunciados”, diz a nota do MP.
O bloqueio é para garantir o ressarcimento das pessoas que foram lesadas no processo.
À época, o vereador disse que era vítima do processo “contaminado por armações e acusações falsas contra mim e a minha família”. Ressaltou ainda que tem áudios que comprovariam a armação. “Não divulguei ainda porque aguardei que a Justiça fosse feita”, disse ele.
Afirmou que os seus advogados tomariam as medidas cabíveis para que a verdade venha à tona. “Tenho plena confiança em Deus e na Justiça que serei absolvido e os verdadeiros culpados identificados e punidos nos rigores da lei.”
Outro lado
O advogado Juan Felipe Camargo Coimbra de Souza disse que o seu cliente não pode ser considerado foragido porque ele não foi comunicado sobre a prisão. “Ele viajou antes de a prisão ter sido decretada. Eu não consegui falar com ela”, disse ele.
Segundo ele, o golpe existiu e algumas pessoas foram lesadas. Mas em nenhum momento o nome do parlamentar foi citado como envolvido no caso. “Temos provas de que ele não participou de nada disso. Foi uma armação para colocar o nome do vereador”, disse Souza.
Segundo o advogado, há uma perseguição política contra o parlamentar. “Demonstrei por meio de documentos que o dinheiro do meu cliente é licito. Tenho gravações que demonstram que tudo o que foi denunciado foi uma armação para condenar o meu cliente. Há uma caça às bruxas”, disse ele.